quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Lâmpadas

Hoje a ver possíveis hipóteses de candeeiros lá para casa, cheguei à conclusão que não é assim tão simples escolher um, não só por questões de forma, mas também pelas lâmpadas que aqueles utilizam.
Sabiam que o consumo médio anual em iluminação por unidade de alojamento é de cerca de 370 kWh, equivalente a 12% do consumo de electricidade no sector residencial? Por isso vale a pena escolher as lâmpadas certas, e essa escolha deve ser feita dependendo da intensidade da luz e do tempo de utilização que se pretende para o local da casa, onde se irá colocar o candeeiro em questão.

Actualmente é possível encontrar no mercado os seguintes tipos de lâmpadas, para uso doméstico:

 •Lâmpadas fluorescentes compactas – Ideais para locais com necessidade de utilização contínua, por períodos de tempo superiores a pelo menos 1 hora, subdividindo-se em indicadas para zonas de descanso (branco quente) e para zonas de actividade (branco frio). Têm um período de vida de cerca de 6 a 15 mil horas, estão preparadas para um elevado número de ciclos de ligar e desligar e são compatíveis com os casquilhos tradicionais utilizados para as lâmpadas incandescentes.

Lâmpadas fluorescentes tubulares – Ideais para locais com necessidade de longa iluminação, pois proporcionam uma boa iluminação com pouca potência e baixo consumo energético. Têm um período de vida de cerca de 12000 horas, permitindo economizar energia até 85%.

Díodos Emissores de Luz (LED) – As lâmpadas LED são constituídas por mais do que um díodo emissor de luz. Para além da indiscutível redução do consumo energético na iluminação, estas lâmpadas apresentam um período de vida muito superior às restantes (20 a 45 mil horas), não emitem radiação ultravioleta nem infravermelha, não alterando o seu fluxo luminoso com o tempo.


Lâmpadas de halogéneo – Actualmente 20 a 60% mais eficientes que as tradicionais (incandescentes) e com um tempo de vida útil também superior (pode atingir as 5000 horas de utilização). Apesar de terem um funcionamento semelhante ao das lâmpadas incandescentes, apresentam a vantagem de conseguirem recuperar o calor libertado pela lâmpada, reduzindo a necessidade de electricidade para manter a sua iluminação, emitindo uma claridade constante e possibilitando a orientação da emissão da luz segundo diversos ângulos de abertura.

Lâmpadas incandescentes – Apesar de ainda estar muito presente nas habitações, é o tipo de iluminação com menos eficiência luminosa e com o menor tempo de vida média (1000h de utilização), isto porque estas lâmpadas convertem a maior parte da electricidade (90 a 95%) em calor e apenas uma percentagem muito reduzida em luz (5 a 10%).

No site da Ecocasa encontrei uma tabela que relaciona os tipos de lâmpadas – mais utilizadas em candeeiros domésticos – em termos de lúmens (unidade do fluxo luminoso) para a mesma potência:

Ou seja, para o mesmo nível de potência, as lâmpadas LED são as que apresentam o maior fluxo luminoso, por isso são as que iluminam mais eficientemente. Para além disso, como a electricidade é facturada aos kWh, quanto mais eficiente for uma lâmpada para a mesma potência gasta, mais económica se tornará ao seu utilizador.

Assim, apesar das lâmpadas LED serem mais caras na sua aquisição, a longo prazo esse investimento acaba por compensar.

Para mais informações sobre este tema consultem o Regulamento (CE) N.º 244/2009 da Comissão de 18 de Março de 2009.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Arrendar ou Comprar Casa

Quando se dá o passo de sair da casa dos pais e iniciar uma vida sozinho ou a dois, esta é a pergunta que se faz: arrendo ou compro uma casa?
Se dermos ouvidos aos nossos pais, o mais provável é comprarmos o nosso cantinho (não me perguntem porquê, mas todos os pais pensam assim). No entanto se pensarmos bem e se não tivermos a maior parte ou mesmo todo o dinheiro necessário para o comprar, será que vale a pena pedirmos um empréstimo ao banco? Estaremos dispostos a pagar uma grande percentagem de juros e afins a um banco, durante uma infinidade de anos, para termos uma casa que, quando estiver paga, já estará velha e já não valerá o que demos inicialmente por ela?
Eu própria só comprarei uma casa quando tiver disponível dinheiro para tal, não me vejo a sustentar um banco com o dinheiro que poderia utilizar para arrendar um apartamento pois, se fizerem as contas, é isso que acontece.
Para a hipotética compra de um apartamento na zona do Porto, entrei com os seguintes dados num simulador de Crédito Habitação:
Montante = 135 000€
Prazo = 20 anos = 240 meses
TAN (%) = Euribor + Spread = 6,045% (esta taxa depende de vários factores, entre os quais: o valor de avaliação do imóvel, o prazo de crédito, o cliente, etc, pelo que será ajustado pelo banco a cada situação).
Prestação Mensal, calculada tendo por base os dados anteriores = 135000*((0,06045/12*(1+0,06045/12)^240)/((1+0,06045/12)^240-1)) = 970,70€.
O valor de 970,70€ seria a mensalidade que o banco me cobraria, para a compra do referido imóvel. Feitas as contas tinha pedido emprestado 135 000€ e teria efectivamente pago ao banco 970,70€/mês*240 meses = 232 968€, ou seja tinha pago 97 968€ só de taxas de juros.
Assumindo um aluguer de arrendamento na ordem dos 450€/mês de um imóvel na mesma zona, o que pagaria de juros com o meu pedido de empréstimo, daria para pagar cerca de 218 rendas desse aluguer, equivalendo a 18 anos (quase o mesmo tempo que o prazo admitido para o empréstimo).
Com isto chega-se facilmente à conclusão que mais vale arrendar um imóvel e ir poupando o dinheiro que sobra, para mais tarde se poder comprar o nosso cantinho a pronto.
Para mais informações sobre Crédito Habitação, consultem a brochura do Banco de Portugal:

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Prefácio

Num país onde o futuro nos traz algumas dúvidas, quer profissionais, quer económicas, "Um Tostão vale Um Milhão" vem dar-nos dicas, de como podemos valorizar o nosso dinheiro - por pouco que ele seja -, em todas as nossas escolhas do dia-a-dia.


Sempre me criticaram por ser tão agarrada no que toca a dinheiro. Pois bem, esta é a altura certa para sermos agarrados e tomarmos sempre as escolhas mais vantajosas, no que toca à aquisição de serviços ou coisas.
Este blog foi criado com o objectivo de partilhar as minhas experiências pessoais convosco e mostrar-vos que, às vezes, conseguimos poupar muitos tostões - chegando mesmo a milhões -, fazendo uma simples análise de mercado e comparando as várias opções existentes.